Vivemos um período altamente tecnológico e com varias soluções urbanas que tendem para a sustentabilidade, tudo isso difundido com velocidade nos diversos meios de comunicação.
Com tantos meios de solucionar problemas urbanos, porque é tão difícil ter cidades inteligentes e sustentáveis?
Considero que o motivo desses problemas é o desenvolvimento rápido, tarde e desigual.
Com uma economia pujante, a densidade demográfica desenvolve-se na mesma velocidade e os diversos problemas relacionados ao saneamento, mobilidade e arborização urbana podem ser entendidos assim:
Imagine um bairro mais antigo na sua cidade ele tem a arquitetura totalmente diferente do atual plano diretor, não é?Mas, isso não é o problema.
Já pensou no dimensionamento da rede de saneamento dos bairros mais antigos?
Com dimensões de tubulações projetadas para residências e hoje no local tem prédios, bares e restaurantes, a sobrecarrega na rede causa diversos transtornos. E a solução, muitas das vezes, são as piores!
Infelizmente, já participei da solução de alguns “extravasores”, que são canos ligados à canais e galerias pluviais para diminuir a sobrecarga da rede subdimensionada. Temos aí um complexo emaranhado subterrâneo que acaba causando impactos ambientais severos para rios e afluentes.
Uma outra questão é que com ruas estreitas e casas sem recuo fica complexo manter uma arborização urbana saudável, calçadas são detonadas e árvores mutiladas para não encostar na fiação elétrica e a mobilidade reduzida. (Veja o post sobre arborização urbana)
São diversos os problemas que geram a desigualdade social em cidades, e muitas deles estão ligadas à alta velocidade do desenvolvimento. Fica difícil o poder público acompanhar este ritmo frenético. Enquanto ajusta problemas sociais, de mobilidade e saneamento em áreas centrais, nasce um bairro periférico sem nenhum planejamento.
Podemos contribuir de diversas formas, e uma delas é encarar a cidade como um grande condomínio, que os impostos são essas taxas condominiais e o prefeito é o nosso síndico. Sim, é possível participar da política e construir juntos uma cidade inteligente, com mais amor e cuidado por nossa cidade. Parafraseando eterno Belchior, amar e mudar as coisas me interessa mais!
Em momentos de crise ética que o país está passando o cuidado, zelo, a participação nas decisões e o amor podem sim, transformar para que as novas gerações tenham cidades inteligente e sustentáveis!
Acho lindo ver ações como esta!
Por um país com mais educação ambiental, belíssima iniciativa, me inspirou ainda mais!
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