Inovação tecnológica no manejo e remoção de macrófitas aquáticas

As macrófitas são importantes fontes de energia e de matéria para as cadeias alimentares em ecossistemas aquáticos e, além disso, promovem outros benefícios em regiões de baixíssima ação antrópica, como propiciar abrigo para reprodução e proteção de organismos aquáticos e pássaros, retirar o excesso de substâncias tóxicas na água, promover a heterogeneidade espacial e temporal no corpo hídrico que favorece a biodiversidade biológica e de outros organismos aquáticos, além de proteger as margens dos corpos hídricos contra o processo erosivo.

Porém, em situações de eutrofização as macrófitas costumam ter reprodução severa, fazendo necessário a remoção das mesmas para controle e manejo a fim de tratar o corpo hídrico afetado por efluentes sem tratamento comum em zonas urbanas banhadas por corpos fluviais. Por se tratar de uma obra não convencional na engenharia, deve-se considerar um projeto personalizado, a fim de minimizar impactos ambientais da operação e custos com mobilização de máquinas e mão de obra.

Na Orla fluvial de Petrolina – PE a extensão atingiu 19,5 hectares de plantas aquáticas e por causa das dificuldades de navegabilidade na área, bem como a distância da margem, não foi possível a remoção convencional (escavadeira hidráulica ou barcos anfíbios). Apresento uma metodologia que desenvolvi através das AMMA em parceria com IF Sertão – PE. Utilizei uma rede de cabos de aço com galões para flutuar projetada para remover grandes quantidades de biomassa sem deixar material propagativo, podendo ser ajustada suas dimensões para as dificuldades de cada trecho.

A metodologia de remoção com esta rede tem custo baixo de fabricação e de mão de obra, usa apenas uma máquina para puxar para a margem, propiciando assim utilização da biomassa para composto orgânico, e mitigando os impactos ambientais pois as máquinas não entram na água.
No próximo post mais detalhes de produção e funcionamento da ferramenta com vídeo.

Rumbora!